quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Que alegria seria, meu anjinho...

No próximo dia 17 serás efectivamente entregue À tua avó Fernanda, porque assim foi a decisão de uma juíza sem coração, sem sentimentos. Que alegria seria, meu amor, se tivesse sido essa a data determinada para nos seres entregue a nós, teus paizinhos, que te adoram. A esta hora estariamos a acabar de preparar a casa para te receber, ansiando essa data, para passares o Natal connosco, nesta casa que arrendamos para viveres connosco e onde irias passar a viver. Infelizmente, não nos deixaram ser pais. Não nos deixaram ensinar-te os valores que tanto queriamos ensinar. Assim vais viver a vida fútil e baseada em aparências, aprender esses costumes fúteis que comandam a vida da tua avó e da família dela. Uma família que vai jantar e almoçar fora todas as semanas duas ou trÊs vezes, mas que há anos têm o bidé da casa de banho avariado... Essa família que exibe telemóveis topo de gama e nunca tem saldo para telefonar... Apenas dois exemplos, que exemplificam bem os valores que te vão ser ensinados...

O teu pai quer fazer árvore de Natal... Não sei para quê... Tu nem sequer vais poder conhecer a casa que os teus paizinhos arrendaram, na esperança de que viesses para junto de nós... Ias gostar tanto dela...

Espero que um dia, venhas a concordar connosco e reconheças que aquilo que nos fizeram foi das maiores injustiças de todos os tempos... Amo-te, querido filho, razão da minha vida...

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