domingo, 7 de novembro de 2010

Não culpes a vida...

Não culpes a vida, filho. Não culpes a vida, por favor. Culpa os homens, culpa a sociedade, culpa a (in)justiça dos nossos tribunais. Mas nunca culpes a vida. E, u não culpo a vida. Quem tem de culpar a vida são pais de crianças que morrem permaturamente ou que adoecem. Sim, filho, isso é mais grave. Até À data, estás vivo e com saúde, pelo menos fisicamente. Claro que é mais grave. Agradeço todos os dias à vida por estares vivo, por teres saúde, por sorrires, ainda... Sei que temos sorte com a vida, muito mais sorte do que aquelas famílias a quem a vida arranca os seres mais precisoso: os seus filhos. Porém, contra as leis da vida, da natureza, de Deus, ou como lhe queiram chamar, não há quem tenha poderes. Não há de quem se possa reclamar. Não há culpados visíveis, materilizados. As pessoas só podem revoltar-se contra o infinito, o desconhecido, o vazio...

No nosso caso, o que te aconteceu, a nossa separação, tem culpados visíveis, materiais, e (des)umanos. Dá para dizer que não bastam já as atrocidades da vida, ainda o ser humano tem que ser cruel e fazer mais atrocidades pelas próprias mãos. Ora, não bastariam já as tristezas contra as quais ninguém consegue fazer nada?

Neste caso, amorzinho, a vida não teve culpa. Nunca cupes a vida. Culpa os homens, culpa a injustiça, mas nunca a vida, meu amor.

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