domingo, 7 de novembro de 2010

Uma mulher eternamente amargurada...

Não tenho vindo aqui, talvez porque deixei de ser uma mulher eternamente apaixonada, para ser uma mulher eternamente amargurada. Amanhã tenho uma udiência para a qual vou com poucas esperanças e dias depois saberei a decisão, que não será, pelo que prevemos, favorável para nós.

A institucionalização de crianças, em primeiro lugar, devai ser sempre, mas sempre o último recurso. Aliás, é isso que e Lei de Protecção de Crianças e Jovens prevê. Primeiro que tudo, há o apoio junto dos pais, depois há o apoio junto de outros familiares (tios, avós). As medidas seguites só seriam aplicadas no caso de crinças que não tivessem ninguém "capaz" dentro da família, ou mesmo as que não tivessem ninguém (tipo uma criança cujos pais faleceram os dois ou são dois delinquentes, não têm tios e os avós já são demasiado idosos para as receber, mesmo com apoio social). Depois, mesmo para essas crianças, ainda existem outras hipóteses, antes da institucionalização, que é o caso das famílias de acolhimento ou dos padrinhos civis (que, ao fim e ao cabo, são famílias de acolhimento, só que lhes é dado uma designação menos fria, mais familiar. Há mointes de casais que se oferecem, não para adoptar, mas para serem padrinhos civis, não perdendo a criança os laços nem o contacto com a família biológica, como aconteceria no caso de ser adoptada. Isto é benéfico, por exemplo, no caso dos avós ou bisavós idosos, que nunca mais saberiam da criança, se fosse adoptada e assim podem acompanhar o crescimento dela até onde puderem). A institucionalização de uma criança devia ser o último recurso e, pela Lei, ela é. Só que as autoridades responsáveis estão-se borrifando para andar À procura de soluções que dão mais trabalho e vaõ directamente para a alínea f), que é a institucionlização. É fácil, é só pegar neles como quem pega num porco que vai para a matança ou para ser capado e metê-los numa instituição.

Porque por muito boa que seja uma instituição a nível de infraestruturas e pessoal, é sempre isso mesmo: o último recurso (não deve ser à toa que o Refúgio Aboím Ascenção se chama Refúgio). A nível de pessoal, como qualquer outra organização pública ou privada, o pessoal é sempre menos do que seria necessário, pois o lema no nosso país (e nos outros deve ser igual) é fazer muitas omeletes com poucos ovos. Por isso é que os meus telefonemas para o meu filho tÊm que ser Às 9 da noite, que é à hora a que os miúdos vão para a cama, já que tem que estar sempre alguém ao pé da criança que está ao telefone e, como os outros já estão deitados, é mais fácil (esta hora, costuma ser a mais usada para as patifarias, pois a auxiliar de serviço está ao pé do telefone e a que resta, deve de andar para ali e não há-de estar em todos os sítios ao mesmo tempo)

Como é que alguém pode achar que viver numa instituição é benéfico para uma criança? eu acho que é mesmo só o último recurso, para não estarna rua. Ora, já imaginaram o que é 15, 20, 30 crinças sempre juntas 24 horas por dia?? Nós, que somos adultos, ou adolescentes, por vezes, depois de 6 ou 7 horas com os nossos colegas de escola ou de trabalho já não "os podemos ver", queremos é sair dali e ir para casa. Agora imagine-se crianças. Vejam o Secret Story. Um grupo de adultos 24 horas juntos sem sairem dali... Agora imaginem crianças... E depois, as senhoras funcionárias, que não querem fazer nada (ou não podem fazer mais) queixam-se de que eles fazem patifarias, se zangam uns com os outros e etc... Ora, se fosse diferente é que eu me admirava! em tempo de aulas, ainda vão À escola, mas alguns pertencem À mesma escola e À mesma turma... E em tempo de férias (o meu filho passou lá as férias de Verão) estão 24 horas por dia juntos. Será saudável? eu não me parece. A mim parece-me o último recurso, o último refúgio, a última coisa a fazer. E é isso que a Lei prevê.

Em segundo lugar, as instituições (quando não há outro recurso) deviam ser por faixas etárias. Onde o meu filho está, estão crianças dos 0 aos 12 anos, até há uma que tem 14, mas permanece lá, para não ser separada do irmão, o que até é estranho porque têm separado tantos, mas isso é outra história. Ora, com esses meninos de 12 anos o meu filho tem aprendido coisas graves para a idade dele, tais como ler revistas pornográficas. É verdade que nas escolas (ainda mais nas escola actuais em que muitas vezes vão desde o Primeiro ciclo ao 12º) as crinças convivem com miúdos de todas as idades, mas isso é diferente, isso são umas horas, durante os intervalos e depois voltam para casa, para a família. Uma criança de 5 ou 6 anos também pode ter um irmão de 15 ou 16, mas isso também é diferente, é a família e estão lá os pais.

Ser legal uma instituição onde vivem juntas crianças de 5 anos com adolescentes de 15 é grave! Mesmo sem falar de casos gravissimos como este, de abuso sexual, sabe-se que os mais velhos batem nos mais novos se não lhe fizerem favores (como roubar) e coisas do género. Sei-o eu.

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